Educação: um mecanismo para a ação

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Ao longo de nossa vida, seja durante a infância, juventude ou fase adulta, recebemos estímulos e ensinamentos, seja dos nossos familiares ou professores. O nosso primeiro contato com a escola nos apresenta um tipo diferente de educação daquela que recebemos em casa: é no ensino básico que a educação se torna um caminho de descobertas, desenvolvimento e evolução humana, e por isso ela é tão importante – para nos instruir a conviver em sociedade com dignidade, cidadania, senso crítico e valores.

Mas falar de educação vai muito além de um ensino escolar. Por mais que essa seja a nossa maior referência, educar, instruir e motivar são fortes instrumentos de libertação e construção social.

Se você acompanha nosso blog, já deve ter se deparado com um artigo sobre educação inclusiva. Mas por que duas datas para falar da “mesma coisa”? 

Apesar de os termos serem muito semelhantes, é preciso falar de educação inclusiva simplesmente pelo fato de ainda existir a exclusão. Imaginar que todos aprendem da mesma forma e tempo é desconsiderar as diferenças e qualidades individuais.

A  educação inclusiva promove a igualdade na qualidade de ensino e no aprendizado, pois tem como um de seus objetivos atender a quem necessita de atenção especializada, como as pessoas com deficiência, por exemplo. Já a educação, de forma geral, visa levar o conhecimento e despertar o interesse para a elaboração de ideias, formação de opinião, e evolução humana.

Considerando essa e as demais vertentes do campo educacional, a ONU (Organização das nações Unidas), deu origem a uma data específica para pensarmos em educação:

Em 28 de abril de 2000, líderes de mais de 164 países (incluindo o Brasil) se reuniram na Cidade de Dacar, no  Senegal,  para o fórum mundial de educação, no qual todos assinaram o compromisso internacional que visava promover melhorias na educação no Mundo, reafirmando  a garantia do acesso à educação para todos os seres humanos, respeitando toda e qualquer característica, seja de classe, gênero, etnia, religião, idade ou deficiência, como na declaração mundial de educação de 1990, a declaração dos direitos humanos e a convenção sobre os direitos da criança, que contempla jovens e adultos para o acesso ao conhecimento e igualdade social, que considera a inclusão e a diversidade, bem como as diferentes formas de aprender e ensinar, considerando os três principais pilares do educador:

• aprender a aprender;

• ensinar a conviver;

• instruir a ser. 

Esses pilares permitem a construção de indivíduos que serão capazes de conscientizar e transformar o mundo através da transformação individual.

Etimologicamente, a palavra “Educar” ou “Educação” vem do Latim, que tem como um dos seus significados como “Aquele que conduz, revela ou lidera”.

O professor indica o caminho de revelações que determinam nossas escolhas, atitudes e ideias dentro e fora da escola, que podem ser norteadoras por toda a vida. Para o educador Paulo Freire, uma educação horizontal forma indivíduos com maior autonomia de pensamento e senso crítico, facilitando as tomadas de decisão, iniciativa e enfrentamento de tudo aquilo que nos cerca; Prezar por um direcionamento educacional básico é de extrema necessidade para nossa independência e cidadania. 

No Brasil, o índice entre crianças e adultos alfabetizados vem crescendo desde 2015, mas ainda temos uma parcela significativa da população que não teve acesso à escola e não sabe ler e escrever. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de geografia e estatística) em 2020, o país registrou cerca de 11 milhões de analfabetos de 15 anos e 8,9% dessas pessoas são negras e pardas. A diferença regional também é alarmante: nas regiões sul e sudeste, a tacha de alfabetizados é de 3,3% e já nas regiões norte, nordeste e centro-oeste, os índices entre analfabetos são de 7,6%, 13,9% e 4,9%, respectivamente.

Com a pandemia do novo Coronavírus (Covid19),o número de crianças entre 7 e 8 anos que não foram alfabetizadas disparou para 66%, entre 2019 e 2021. Esses dados evidenciam a desigualdade em que ainda enfrentamos no desenvolvimento estudantil e evolutivo de nossa sociedade, posto que são 11 milhões de Brasileiros que não têm total ciência de seus direitos ou oportunidade de trabalho para o sustento individual ou familiar.

A luta por uma educação eficaz, diversificada e inclusiva é contínua e deve se reinventar a todo tempo, antes, durante e após o período escolar. Quando formamos indivíduos, também formamos vidas, histórias e sonhos. 

Uma de nossas missões enquanto educadores é oferecer ferramentas e motivação para que os sonhos que nós ajudamos a semear se tornem realidade, a fim de proporcionar consciência, sabedoria, conhecimento e valores sociais. Além disso, precisamos educar para facilitar a manifestação humana em prol dos seus direitos, deveres e oportunidades iguais, com qualidade de vida, opinião e caráter para sermos a mudança que o mundo precisa, e nós aqui do Instituto Geração soul acreditamos que essa mudança só é possível com uma didática prática e sensorial.

“O aprendizado só acontece quando somos capazes de sentir e perceber uma necessidade de mudança. Nós visualizamos a educação como um processo de autoconhecimento, auto aceitação e evolução” afirma nossa CEO Amanda Gomes.

No momento em que aprendemos que o crescimento seja ele pessoal ou profissional não é vaidade e sim necessidade humana, descobrimos que a evolução é uma boa amiga que nos auxilia  nas tomadas de decisão, inseguranças, medos e incertezas, a busca por novos aprendizados se torna cada vez mais possível e almejado. O desejo por aprender, descobrir e compreender impulsiona, liberta e transcende.